Coreia do Norte

Kim Yo Jong esclarece o que é o “diálogo” que propõem os EUA

Pyongyang, 17 de julho (ACNC) – A subchefe de departamento do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia, Kim Yo Jong, publicou hoje a seguinte declaração:

Recentemente, a parte estadunidense tem fomentado a opinião pública de que a RPDC não aceita o diálogo.

Trata-se de um comportamento que reflete o impaciente estado psíquico dos EUA que, nos dias recentes, viram seguidamente o que mais temem.

Atualmente, a situação da Península Coreana chega ao grau de discutir até a possibilidade de choque real das forças armadas e de estouro da guerra nuclear superando muito mais o nível de agudo enfrentamento que se havia criado em 2017 entre a RPDC e os EUA.

Já que esclarecemos quem tem a responsabilidade de tudo isso, quero revelar nesta oportunidade quão absurdas são as palavras “diálogo incondicional” e “está aberta a porta da diplomacia” que os EUA tanto pregam ao mundo.

Nosso país veio repetindo o diálogo e as negociações com os EUA desde a década de 1990. Portanto, conhece que por trás da proposta de “diálogo incondicional” feita pela atual administração norte-americana há a artimanha de frear o que eles temem.

Se bem se supõe a abertura do diálogo bilateral, está claro que não passará de ser algo como “CVID” (desnuclearização completa, verificável e irreversível) o pacote que colocará sobre a mesa a atual administração norte-americana.

A esta altura, a palavra “desnuclearização” não se entende na realidade e só poderia ser achada no dicionário de arcaísmos.

Seria possível para os EUA, mesmo que quebrem a cabeça, descobrirem os termos e a moeda de troca para negociar com a RPDC?

Pode-se prever também a possibilidade de que os EUA voltem a sair com a jogada caduca como o cessar temporário dos exercícios militares conjuntos EUA-Coreia do sul, prometido há uns anos pelo mandatário antecessor, ou trate de despertar o apetite de alguém com coisas reversíveis como a redução da dimensão desses treinamentos ou a suspensão de implantação das propriedades estratégicas.

Não nos deixamos enganar ante tal armadilha leve para ganhar tempo.

Se lhe der na telha, a introdução de propriedades estratégicas dos EUA na Península Coreana se completará em 10 horas e pouco e o reinício dos exercícios militares conjuntos com os efetivos reforçados durará mais de 20 dias no máximo.

Embora os EUA tirem, fantasticamente, todas as suas tropas e equipamentos do solo sul-coreano como armadilha estratégica para este efeito, conhecemos bem que tardarão ao redor de 15 dias e nada mais o regresso das suas forças armadas no exterior e a consequente conversão da “República da Coreia” em um ponto estratégico militar.

É muito fácil para o círculo político dos EUA tirar hoje de alguém o rótulo de “país patrocinador do terrorismo” e pô-lo de novo amanhã.

Conhecemos evidentemente que é variável e reversível tudo o que os EUA podem nos oferecer na mesa de diálogo.

No entanto, o que os EUA esperam do nosso país é a “desnuclearização completa e irreversível”.

Podemos, então, trocar a segurança eterna do nosso Estado por algum interesse imediato confiando em tal promessa de caráter reversível?

Não faremos um negócio que nos dá perdas.

Os EUA também já deveriam saber o porquê de a RPDC não estar interessada em nada no diálogo bilateral.

A recente sessão do Conselho de Segurança da ONU, relacionada com o lançamento do nosso ICBM de novo tipo, fez confirmar outra vez como os inimigos prolongam a política com relação a RPDC e com que sonham eles no curso de transição do poder de Moon Jae In a Yoon Suk Yeol e de Trump a Biden.

Embora fosse o firmado e prometido pelo ex-presidente, o novo governo o revogaria com toda facilidade. Esta é precisamente a realidade dos Estados Unidos da América e da “República da Coreia”.

É por isso que temos que adotar uma estratégia de longo prazo contra a “República da Coreia”, fantoche nº 1 dos EUA, e os EUA, o império do mal do mundo, não indivíduos como Yoon Suk Yol ou Biden, e construir um mecanismo para garantir a segurança perspectiva da RPDC com base no dissuasivo esmagador.

Seria uma vã ilusão se os EUA pensam que podem deter o avanço da RPDC e desarmá-la depois de maneira irreversível, mediante o cessar provisório dos exercícios militares conjuntos, o cessar de implantação de propriedades estratégicas e o alívio reversível da sanção.

Vemos a realidade tal como é e a tomamos a sério.

A realidade que vemos agora não é o diálogo que repetem os EUA como um vendedor automático, mas o bombardeiro estratégico nuclear que voa a qualquer hora sobre nossas cabeças, as espionagens aéreas que comete esse país invadindo nosso espaço aéreo jurisdicional, a convocação da reunião do “grupo consultivo nuclear” para debater publicamente o emprego de armas nucleares contra a RPDC e a aparição do submarino estratégico nuclear norte-americano nas águas da Península Coreana pela primeira vez em mais de 40 anos.

Os EUA devem perceber que quanto mais consolidem o sistema de dissuasivo ampliado e estendam demasiado a aliança militar, ente ameaçador, tanto mais nos afastará da mesa de diálogo que desejam eles.

O melhor meio para manter agora a paz e estabilidade da Península Coreana não é solucionar amistosamente os problemas falando com os gangsters estadunidenses, mas deter o despotismo e arbitrariedades deles a partir da força e com o suficiente exercício dela.

Estamos preparados para fazer frente resoluta a qualquer ação que viole a paz e estabilidade da região da Península Coreana atentando contra a soberania e integridade territorial do nosso Estado e ameaçando a tranquilidade do povo coreano.

Os EUA deveriam largar mão da estupidez de nos provocar pondo em perigo até a própria segurança.

O que os EUA viram com preocupação há uns dias não é mais que o começo da ofensiva militar que já empreendeu a RPDC.

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