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Vice-Ministro das Relações Exteriores coreano divulga resposta à declaração do secretário-geral da ONU na Coreia do sul

Pyongyang, 14 de agosto (ACNC) — O vice-Ministro das Relações Exteriores encarregado das organizações internacionais da República Popular Democrática da Coreia, Kim Son Gyong publicou no dia 14 a seguinte declaração:

Segundo reportado, durante sua recente visita ao Sul da Coreia, o secretário-geral da ONU, Guterres, disse que “expressa total apoio à desnuclearização completa, verificável e irreversível (CVID) da Coreia” e que “tal meta é importante para alcançar a paz e estabilidade da região”.

Vejo-me obrigado a expressar grande lástima por tal pronunciamento do secretário-geral da ONU que carece muito da equidade e imparcialidade quanto ao problema da Península Coreana e contraria seu compromisso de cargo estipulado na Carta da ONU.

Em vista da tendência política e circunstâncias de trabalho dos sucessivos secretários-gerais da ONU, inclusive o antecessor do atual, nunca abrigamos até agora a esperança de que eles, exceto a muito poucos, pudessem representar sem preconceitos a justa posição de nosso país no tema da Península Coreana. E a mesma coisa acontece agora.

Porém, gostaria de deixar claro que o recente pronunciamento do secretário-geral da ONU é intolerável para o nosso país e não pode representar a posição imparcial da sociedade internacional.

A Carta da ONU assinala claramente que o secretário-geral da ONU não deve pedir instrução do governo de nenhum país nem aceitá-la e, na qualidade de funcionário público internacional que assume a responsabilidade somente perante sua organização, deve abster-se de qualquer ação que possa desacreditar sua posição.

O secretário-geral Guterres também deveria saber que a “CVID” preconizada pelos EUA e seus satélites significa o atentado contra a soberania que exige o desarmamento unilateral de nosso país, e que viemos rejeitando-a totalmente sem admiti-la nem um pouco.

No entanto, ele usou desta vez uma expressão tão antiquada.

Este fato nos obriga a interpretar que ele adere, alheio a seu cargo, à política hostil anti-RPDC dos EUA e seus satélites.

Voltamos a esclarecer que a posse de armas nucleares por parte da RPDC foi uma opção inevitável para defender a segurança do Estado e do povo e seu desenvolvimento independente partindo da política hostil anti-RPDC e da ameaça e chantagem nucleares dos EUA que impôs à nação coreana infortúnios e sofrimentos indizíveis durante mais de 70 anos.

A história do enfrentamento RPDC-EUA demonstra que enquanto este segundo, maior detentor de armas nucleares do mundo e único criminoso nuclear, não renuncie de maneira completa e irreversível a sua ilegal política hostil primeiro, não se poderá garantir a paz e estabilidade duradouras da Península Coreana.

Como chefe da ONU que deve tomar a justiça internacional e a igualdade de soberania como princípio fundamental de suas atividades, o secretário-geral não deve faltar em nenhum caso à imparcialidade, equidade e objetividade nos assuntos internacionais, inclusive o da Península Coreana.

Pedimos ao secretário-geral Guterres que se abstenha do perigoso ato verbal, igual a jogar gasolina no fogo, longe de fazer coisas que contribuam realmente para a solução do problema no momento atual em que se torna extremamente delicada a situação da Península Coreana.

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