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Resumo histórico pré-colonização

Resumo histórico

A Coreia é uma nação com 5000 mil anos de história. Nascida com o Estado Kojoson, fundado por Tangun no início do século XXX a.C., viveu unida sobre a mesma terra criando um largo e rico patrimônio cultural. Avançando na história, existiram também os reinos Koguryo, fundado por Tongmyong em 37 a.C.; Palhae, fundado por Dae Jo Yong em 698 d.C.; Koryo, fundado por Taejo em 918 d.C.; A dinastia Joseon, fundada em 1392 por Taejong; E, finalmente, o Império Coreano, chefiado por Kojong em 1897, sendo ele o 26º imperador da referida dinastia;

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Ao de longo de toda essa história, a nação coreana se viu, por vezes, submetida a diferentes potências externas. China, Império Mongol, Rússia, Japão e Estados Unidos. Isso se devia, em grande medida, à atitude de seus governantes. Que, despreocupados realmente com a situação de seu povo, apenas se inclinavam àqueles que lhes ofereciam os melhore favores e privilégios. E assim foi que a nação se dividiu algumas vezes e reinados tomaram o lugar de outros. Após a primeira guerra sino-japonesa (1894-1895), o clã Min, encabeçado pela imperatriz coreana Myongsong, numa tentativa talvez genuína e bem intencionada, mas vã, de proteger a Coreia das garras japonesas, busca fortalecer os laços com a Rússia czarista, inclinando-se a ela. Entretanto, isso não serviu de nada. Em julho de 1895, o governo japonês enviou o tenente-general Miura, um militarista brutal, como ministro diplomático credenciado em Seul com a missão de arquitetar o complô. Entre a noite de 19 de agosto e a madrugada do dia seguinte, o 18º batalhão de infantaria de reserva da guarnição japonesa invadiu de surpresa o palácio real sob o comando de Miura, mataram ministros a tiro do governo feudal da Coreia, exigiram ao imperador que lhes entregasse a imperatriz e o aprisionaram. Logo então invadiram o quarto da imperatriz, de onde a arrastaram para a sala, puxando seu cabelo, e cruelmente a mataram com espadas. Colocaram o corpo sobre uma pilha de lenha, jogaram óleo e atearam fogo. Esse evento ficou conhecido como Incidente Ulmi.

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Aproveitando-se desse brutal atentado, as outras potências não perderam tempo e manobraram. Em novembro de 1895, ocorreu o assalto ao palácio real coreano pelos Estados Unidos. Numa tentativa de aprisionar o imperador e fundar um poder pró-estadunidense, tentaram levá-lo à sua legação em Seul. Para tanto, assaltaram, em 27 de novembro, a corte e, para isso, mobilizaram cerca de 100 fuzileiros navais, uma tropa especial composta por 40 homens e centenas de soldados coreanos treinados por um estadunidense chamado Deny, todos os quais falharam porque o governo coreano havia descoberto o que planejava antecipadamente e reforçou a guarda do palácio, capturando, ademais, os coreanos, que haviam concordado em participar da trama, vítimas do engano e ameaças. Este evento ficou conhecido como Incidente Chunsaengmun.

K. I. Veber, ministro russo na Coreia, introduziu em Seul a infantaria da marinha russa que se encontrava em Inchon, e levou, com maus hábitos e intrigas, o imperador e seu filho para sua legação na noite de 11 de fevereiro de 1896. Após isto, a Rússia preparou um “gabinete” composto principalmente por elementos pró-russos, manipulou-o e se apoderou do direito de explorar as minas e cortar florestas em várias áreas da Coreia, além de outras concessões, assim como assumiu a administração financeira e o controle do exército, o que deixou o Japão muito aborrecido. Contudo, o povo coreano rejeitou e condenou a ingerência russa, e o imperador, ouvindo suas vozes de protesto, deixou a legação russa em 20 de fevereiro de 1897, retornando ao palácio. Este evento ficou conhecido como Incidente Agwanphachon.

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Após a guerra russo-japonesa (1904-1905), o Japão se empenhou mais freneticamente do que nunca para se apoderar da Coreia. Primeiro, em dezembro de 1903, ocorreu uma “reunião do gabinete” japonesa que decidiu concluir um protocolo mediante a “intervenção” nos assuntos coreanos. Colossais forças armadas colossais foram enviadas à Coreia para colocá-la sob sua ocupação militar.

O império japonês bloqueou o palácio imperial da Coreia, mobilizando seu exército para colocar o imperador Kojong à sua disposição. E elaborou um plano sinistro para eliminar as forças que se opunham ao protocolo acima mencionado. Vale mencionar Ri Yong Ik, alto funcionário da Dinastia Feudal de Joson, que foi preso e demitido por sua atitude anti-japonesa e levado para o território japonês.

Em 23 de fevereiro de 1904, o Japão inventou o “Protocolo Coreia-Japão” ameaçando alguns oficiais coreanos pró-japoneses.

O documento, composto por seis artigos, estipulava que para a “eterna amizade” entre os dois países e a “paz do Leste Asiático”, o governo coreano, com firme confiança nos japoneses, aceitaria seus “conselhos” em relação à reforma política e que não pode firmar “convênios” contraditórios ao referido protocolo e que o governo japonês “garante” a independência da Coreia e a preservação de seu território e adotará as medidas necessárias em caso de perigo para a segurança da família imperial coreana e a conservação de seu território e o governo coreano lhe dará facilidades neste assunto.

Em 17 de novembro de 1905, Seul se viu imersa em uma atmosfera assustadora. Ito Hirobumi, caudilho da agressão contra a Coreia, organizou suas tropas munidas de armas pesadas em importantes pontos da cidade. Após sitiar o palácio real, os agressores japoneses impuseram ao imperador coreano a conclusão do Tratado de Cinco Pontos Ulsa. O artigo 1 do tratado estipula que o Japão conduz as relações diplomáticas da Coreia e questões relacionadas através de seu Ministério das Relações Exteriores. O artigo 2 afirma que o governo coreano não pode firmar tratados ou acordos internacionais com outros países, sem a intermediação do governo japonês. E o artigo 3 define que o governo japonês, como “representante” da Coreia, terá nela seu “governador geral”, que cuidará da diplomacia e de todos os demais assuntos necessários. Porém, incapazes de submeter o imperador, convocaram à força a reunião do gabinete para obrigar a assinatura do acordo entre ameaças e chantagens. Apesar da oposição da maioria dos ministros e do imperador, pegaram o selo da chancelaria coreana e selaram o documento. O Tratado, entretanto, contou com o apoio do traidor da nação Pak Je Sun, Ministro das Relações Exteriores coreano. Com base nele e nas medidas subsequentes, em 24 de julho de 1907, forjaram o Tratado de 7 Pontos de Jongmi, usurpando da Coreia o poder da administração interna. Isso antes da abdicação forçada de Kojong e após a assunção de Sunjong, seu filho, ao trono. Tal “tratado” concedia ao governador-general japonês muitas prerrogativas, tais como dirigir as questões para a “melhora de assuntos políticos” da dinastia feudal da Coreia; que havia de contar com a aprovação dele o tratamento de importantes assuntos administrativos como a instituição de lei; que seriam impossíveis a nomeação e destituição de altos funcionários sem o consentimento dele, etc.

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Com a usurpação gradual do poder dentro da Coreia, a dominação japonesa finalmente culmina no Tratado de Anexação da Coreia ao Japão, forjado em 22 de agosto de 1910. Este “documento”, contendo 8 artigos, estipula que o poder supremo da Coreia é transferido completa e eternamente para o “imperador” japonês e a Coreia é anexada ao Japão. Temendo o enérgico protesto do povo coreano, o imperialismo japonês o manteve em segredo até o dia 29 do mesmo mês, quando foi promulgado como decreto imperial.

Assim foi a história de martírios nacionais sofrido pelo povo coreano, resultado de impotência e do profundamente arraigado servilismo às grandes potências de seus governantes.

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