Ministério da Defesa Nacional da RPDC adverte sobre nova provocação e espionagem dos EUA
Pyongyang, 10 de julho (ACNC) — O porta-voz do Ministério da Defesa Nacional da República Popular Democrática da Coreia divulgou no dia 10 a seguinte declaração:
Recentemente, o Departamento de Defesa dos EUA publicou oficialmente sua intenção de introduzir na zona marítima operacional da Península Coreana um submarino nuclear estratégico.
A implantação do submarino carregado de ogivas nucleares significa a primeira presença de um meio nuclear estratégico dos EUA na região da Península Coreana após o ano de 1981.
Isto levará a tensão militar da região à circunstância mais perigosa e obriga a aceitar como realidade até a pior conjuntura da crise de choque nuclear.
A situação atual testemunha no tempo e no espaço que a situação regional da Península Coreana se aproxima mais do limiar de choque nuclear devido às ações militares de caráter provocativo dos EUA.
A referida tentativa dos EUA constitui a chantagem nuclear mais aberta contra a RPDC e os Estados vizinhos e a ameaça e desafio graves para a paz e segurança da região e do resto do mundo.
Todos os fatos explicam sem dúvida quem provoca e ameaça e quem é controlado e ameaçado na Península Coreana.
Hoje, quando o estado de enfrentamento militar nesta região chegou à pior crise, é preciso esclarecer novamente quem é o responsável pelo caso.
Depende do comportamento posterior dos EUA a criação ou não da situação extrema, que ninguém deseja, na Península Coreana. E se ocorrer no futuro qualquer acontecimento imprevisto, a responsabilidade recairá inteiramente sobre os EUA.
Para impedir que os EUA cometam facilmente os atos imprudentes como desta vez, temos que demonstrar de modo mais claro como será nossa reação.
As ações demonstrativas dos EUA, como a implantação de propriedades estratégicas, não darão lugar em nenhum caso ao fomento da segurança e, pelo contrário, gerarão a crise de segurança mais angustiante e impaciente que nem eles mesmos desejam.
Além disso, não podemos ignorar a escalada de atos de espionagem militar dos EUA que violam a soberania da RPDC.
Ultimamente, os EUA cometem em um nível sem precedentes a espionagem de caráter hostil na Península Coreana e seu entorno mobilizando de modo intensivo os meios de reconhecimento aéreo de diferentes missões, localizados no teatro operacional do Ásia-Pacífico.
Para citar um exemplo recente, por 8 dias seguidos, do dia 2 ao 9, as aeronaves de reconhecimento estratégico da Força Aérea dos EUA, RC-135 E U-2s, e o drone RQ-4B espionaram o interior estratégico da RPDC sobrevoando alternadamente o Mar Leste e Oeste da Coreia.
Em particular, ocorreu várias vezes no Mar Leste da Coreia o caso de intrusão de dezenas de quilômetros do espaço aéreo jurisdicional da RPDC por parte de um avião de reconhecimento estratégico dos EUA.
Este ano, o país despachou seguidamente aos firmamentos sobre o Mar Leste e Oeste da Coreia e as imediações da linha de demarcação militar os meios de espionagem aérea de distintos tipos das forças aéreas e navais, inclusive os aviões de reconhecimento estratégico e eletrônico. Mobilizam-se também na coleta de informações o avião de espionagem estratégica de grande altura e os drones que voaram para norte rumo às proximidades da linha de demarcação militar.
É muito evidente a intenção dos EUA de implantar um após o outro os exercícios aéreos combinados mobilizando B-52H e concentrar os meios de espionagem aérea na Península Coreana coincidindo com a entrada do submarino nuclear estratégico na Coreia do Sul.
Constituem ameaça evidente à soberania da RPDC e uma grave provocação, que leva ao estado irreparavelmente catastrófico a situação regional, os abertos atos de espionagem, que ultrapassam o nível do tempo de guerra, mediante a mobilização de um grande número de propriedades de reconhecimento aéreo na Península Coreana onde existe permanentemente a possibilidade de choque armado e se torna cada vez mais densa a nuvem de guerra nuclear.
Estamos analisando a intenção com que os EUA cometem tão publicamente as ações militares imprudentes que ameaçam a RPDC, e observando todos os seus movimentos provocativos sem perder nenhum.
Nestes tempos, a RPDC mantém a máxima paciência e controle, mas todas as coisas têm seu limite.
Agora é o momento em que se aproxima do ponto crítico com o qual os EUA devem estar preocupados.
Valeria a pena recordar mais uma vez o trágico destino sofrido pelo seu avião espião EC-121 em 1969 e pelo seu helicóptero de exploração em 1994, que tinha invadido a zona da RPDC na linha de demarcação militar, e a situação tão perigosa em que o avião de reconhecimento estratégico RC-135 tinha caído em março de 2003.
Está muito claro qual o perigo da aproximação dos aviões de espionagem do país hostil ao espaço aéreo jurisdicional de uma parte beligerante na Península Coreana, onde se enfrentam enormes forças armadas, incluindo a arma nuclear.
Pagarão sem falta muito caro as espionagens aéreas que os EUA cometem invadindo injustificadamente até o espaço aéreo da contraparte.
Não há nenhuma garantia de que não ocorrerá um incidente sensacional como a derrubada de um avião de reconhecimento estratégico das forças aéreas norte-americanas no Mar Leste da Coreia.
Preanunciam evidentemente algum choque repentino as preocupantes ações militares de distintos tipos dos EUA e o cada vez mais cadente ambiente de segurança regional.
Os EUA devem cessar imediatamente todas as suas ações provocativas.
Enviamos aviso severo sobre a escalada de ações perigosas e provocativas dos EUA