Kim Jong Un mandou matar seu tio?
Resposta curta: Não! Kim Jong Un não exerce nenhum cargo de juiz.
Por incrível que deva parecer para quem está acostumado apenas com a mídia ocidental, na Coreia do norte existem poderes distintos no Estado!
E o órgão máximo do país é a assembleia popular suprema, onde cada cidadão tem o direito e o dever de eleger seus representantes para representar seus interesses na assembleia do povo.
E o Cargo de presidente, que muitos “‘Especialistas’’’ Em Coreia do norte citam, não existe a décadas!
Foi abolido com o falecimento do líder Kim Il Sung, e os poderes do cargo foram divididos e desde 1998 o chefe de estado da Coreia do Norte é o presidente do Presidium da Assembleia Popular Suprema.
E em 2019, Choe Ryong-hae foi escolhido pela assembleia Popular Suprema para cumprir esse papel.

É lamentável que a mídia ocidental faça tanto esforço para esconder isso e se obrigam falar sobre Kim Jong-un diariamente.
Mas quem foi Jang Song Thaek? (Tio de Kim Jong Un)
Ele Foi membro do PTC com altos cargos no Estado, que traiu seu Partido, seu povo e sua nação, cometendo crimes que levou sua condenação à pena de Morte.
Porém este fato, relatado de forma ampla e explicada pela mídia norte coreana teve uma versão ridicularizada e simplificada por um blogger de Hong Kong que serviu como base para a grande mídia imperialista, conhecida por propagar mentiras sobre a RPDC e utilizar-se de fontes sem nenhuma confiança, comprovação ou verificação de seu caráter sério ou irônico.
Jang possuía 3 cargos políticos: Presidente da Comissão Estatal de Cultura Física e Orientação Esportiva, Vice-Presidente da Comissão de Defesa Nacional da RPDC e Chefe do Departamento Administrativo do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores, cargos de importância que lhe dava espaço amplo para manter relações com outros países e um conhecimento maior sobre o funcionamento do PTC, e se aproveitando disso, ele fez alianças com forças estrangeiras, promoveu uma tentativa de desestabilização para um golpe de Estado e roubou cerca de 4,6 milhões de euros do Estado e outras dezenas de crimes.
Entre os dias 12 e 13 de dezembro de Juche 102 (2013) ocorreu a condenação e aplicação da pena ao traidor.
Vamos então ao relatório oficial:
Pyongyang, 13 de dezembro (KCNA) — Quando estremecem em todo o país os gritos de indignação do exército e povo da República Popular Democrática de Coreia que pedem a severa sentença da revolução aos faccionalistas anti-partidistas e contrarrevolucionários desde que souberam a informação sobre a Reunião Ampliada do Bureau Político do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia, ocorreu em 12 de dezembro o julgamento militar especial do Ministério da Segurança Estatal (MINSEE) da RPDC sobre o traidor Jang Song Thaek.
O julgamento conduziu a investigação sobre os crimes do réu que, sendo líder da facção de versão moderna, formou sua seita agrupando as forças malignas por um longo tempo e fez um complô para derrubar o Estado com intrigas e métodos sujos com a ambição de usurpar o poder máximo do nosso Partido e Estado.
Todos os crimes de Jang acusados no julgamento foram provados e reconhecidos por ele.
A sentença do tribunal militar especial da MINSEE da RPDC foi lida.
Cada sentença do veredicto significava o castigo severo dos indignados militares e habitantes coreanos para Jang, um faccionalista anti-partidário e contra-revolucionário, político ambicioso e conspirador.
Aproveitando a oportunidade de acompanhar frequentemente o Marechal em orientação de campo, Jang tentou semear ilusões de si mesmo demonstrando para dentro e para fora do país que ele era uma figura especial emparelhada com o Marechal.
O réu agrupou em torno de si, indivíduos com antecedentes criminais e tornou-se a figura intocável para eles.
Mas quais foram seus crimes?
1 – Abusou do poder para criar uma adoração a sua personalidade, fazendo com que seus seguidores apoiassem seus discursos ao invés da vontade do povo.
2 – Usou do seu poder para sucatear a indústria nacional, tentando acabar com a capacidade de produção nacional para que o país tivesse que se ajoelhar pedindo ajuda para China e Rússia.
3 – Criou obstáculos na construção civil no país.
4 – Favoreceu seus seguidores entregando algumas casas para esses e deixando os melhores edifícios para o comercio.
5 – Vendeu de forma ilegal o carvão e outros minérios do país a preços baixíssimos para tentar destruir a economia local.
6 – Jang cometeu o crime de vender em maio de 2012 a outro país os planos de 50 anos da zona econômica e comercial de Rason.
7 – Em 2009, em conjunto com Pak Nam Gi, emitiram excessivamente milhões em moeda nacional, de modo que se criou um grande distúrbio econômico e inquietude entre a população.
8 – Para conseguir fundos para fomentar sua ambição política praticou corrupção, desviando recursos de projeto que ele era o responsável.
9 – De forma ilegal começou a colecionar artigos de luxo e joias preciosas, conseguia realizar esse feito por vender de maneira ilegal para China centenas de toneladas de matérias-primas do país.
10 – Criou um órgão secreto sob seu controle e com isso criou grande distúrbio entre a administração Estatal e dos recursos do governo.
11 – Desde 2009 vinha promovendo a pornografia e prostituição entre seus cúmplices, bem como tentando aos poucos levar essa prática imoral e degradante do modo de vida capitalista para o interior do país, com o intuito de espalhar esses materiais para toda a população.
12 – Só em 2009 Jang desperdiçou de forma proposital mais de 4,600 milhões de euros, a fim de desestabilizar o governo.
13 – No processo de interrogatório, ele expôs sua intenção sinistra como um traidor do pior tipo, dizendo: “Eu queria que o exército e o povo ficassem insatisfeitos com o líder atual, fazendo-os pensar que não fazia nenhuma ação, mesmo que a situação econômica atual da país e a vida das pessoas se tornem catastróficas” e o “ alvo do golpe de Estado era o Máximo Dirigente “.
Quanto aos meios e métodos de golpe de Estado, ele declarou da seguinte maneira:
14 – “Eu pensei que iria executar o golpe, mobilizando os quadros militares que conheço bem ou as forças armadas controladas por meus homens íntimos. Não conheço bem os recém-nomeados, mas conheço os nomeados anteriormente. Pensei que, se as condições da vida piorassem para os habitantes e militares, o exército também poderia se juntar ao golpe de Estado. Acreditei em meus súditos como Ri Ryong Ha e Jang Su Gil, que trabalhavam no departamento onde eu estava, me seguiriam e queriam me tornar o colaborador do instituição de segurança do povo. Acreditei que poderia usar outros homens “.
Quando perguntado sobre o tempo do golpe e o que ele queria fazer depois disso, Jang confessou:
“Eu não tinha uma data exata para o golpe de Estado, mas eu queria assumir como Primeiro Ministro quando a economia estivesse completamente arruinada e estivesse preste a entrar em colapso. Eu pensei que se eu conseguisse ser Primeiro Ministro, eu resolveria certos problemas de vida com enormes fundos acumulados até agora de várias maneiras para que os habitantes e os militares me apoiassem e o golpe de Estado seria realizado sem complicações “.
15 – Confessou também que após tomar o poder abriria o país ao exterior, privatizando empresas estatais, vendendo recursos naturais a preços baixos para China e tentaria melhorar sua visão no ocidente tentando se mostrar como um reformista.
No decurso da investigação do Tribunal Militar Especial do Ministério da Segurança do Estado da RPDC, os crimes abomináveis e nocivos cometidos por ele contra o Partido, o Estado e o povo foram revelados.
A época e a história registrarão para sempre e nunca esquecerão os horríveis crimes de Jang, inimigo do Partido, da revolução e do povo e um dos piores traidores da pátria.
O Tribunal Militar Especial do MINSEE da RPDC descobriu que a trama, cometida pelo réu Jang para derrubar o Estado e o poder popular da RPDC como cúmplice ideológico dos inimigos, constitui o crime correspondente ao artigo 60 do Código Penal da RPDC.
Condenando e denunciando categoricamente em nome da revolução e do povo como ambicioso político, conspirador e traidor incomparável, o Tribunal condenou-o a pena capital nos termos do artigo 60 do Código Penal da RPDC.
Não foi o Kim jong-Un que mandou matar ele, as coisas não funcionam assim na Coreia do Norte. Para a infelicidade da midia do ocidente a Coreia do Norte (RPDC) é um estado de direito e ele foi condenado por um tribunal independente como diz a lei.
Rafael Pardan, KPR – Kpop pela Reunificação