Discurso de 𝐊𝐢𝐦 𝐉𝐨𝐧𝐠 𝐔𝐧 na Academia de Ciências da Defesa Nacional
Pyongyang, 29 de maio (ACNC) — O estimado camarada Kim Jong Un fez no dia 28 uma visita à Academia de Ciências da Defesa Nacional e proferiu um discurso.



O texto completo do discurso segue:
Todos os cientistas, técnicos e funcionários da Academia Nacional de Ciências de defesa da República Popular Democrática da Coreia,
Companheiros:
O complexo de investigação científica que assegurou firmemente com o poderio técnico-científico a ascensão ininterrupta da nossa indústria de defesa nacional jucheana e que assume a honrosa missão de impulsionar com vigor a revolução dessa indústria na era atual, a Academia de Ciências de Defesa Nacional, acolhe o seu sexagésimo aniversário.
Alegra-me visitar em seu significativo aniversário a matriz integrada pelos patriotas talentosos que impulsionam com a ciência e tecnologia nossa honrosa indústria da defesa nacional que no seu crescimento e fortalecimento assumiu como qualidade intrínseca o caráter revolucionário do Partido do Trabalho da Coreia e me reunir com meus mais valiosos companheiros.
Essa data de exatamente sessenta anos atrás foi um dia significativo em que a linha do Partido de defender com suas próprias forças as conquistas da revolução se assentou sobre o alicerce da invencibilidade e o ponto de partida de uma nova história que patenteia o grandioso ideal e orgulho de uma Coreia que se propôs tornar uma potência militar.
Aqui começou uma obra importante e sagrada por alguns precursores que pavimentaram o caminho de modo que nossa revolução, que deu seus primeiros passos valendo-se do fuzil, pudesse forjar eternamente com seus próprios recursos a arma onipotente da autodefesa. Aqui fabricaram por mais de meio século os armamentos jucheanos que potenciam ao máximo o nosso heróico exército.
Desde a primeira metade da década de 1960, quando iniciou o desenvolvimento paralelo da construção econômica e da defesa nacional como reflexo da ideia do Partido sobre a autodefesa até hoje, os cientistas do setor militar colheram um sem-fim de sucessos valiosos na pesquisa e desenvolvimento como frutos do trabalho para cumprir a orientação do Partido e as importantes tarefas estratégicas e táticas. As árvores e as plantas desta zona científica testemunham a sua consagração patriótica.
Por ocasião do 60º aniversário da academia, estendo minhas calorosas felicitações, em nome do Comitê Central do Partido e do Governo, a todos os seus cientistas, técnicos, operários e funcionários que demonstraram sua ilimitada fidelidade ao Partido e ao povo e extraordinária e incessante criatividade e contribuíram com a ciência e tecnologia para reforçar por todos os meios o poderio, a dignidade e o prestígio do Estado.
Igualmente, transmito a profunda reverência e o sincero agradecimento do Partido e da Pátria às esposas e demais familiares dos cientistas dedicados de pleno ao reforço da capacidade de defesa nacional, que terão padecido muito no apoio a eles, compartilhando seu amor à pátria.
Companheiros:
Um Estado prestigioso por sua sua independência se baseia em sua grande capacidade de autodefesa. O patrimônio de defesa que lhe permite enfrentar com iniciativa qualquer ameaça não pode ser concebido sem a equipe de talentos com grande capacidade de inovar e criar constantemente.
Durante mais de sete décadas de sua história, nosso Estado obteve vitória após vitória por contar com uma força e capacidade fidedignas que é a indústria de munições jucheana.
Graças ao destacado papel dos talentosos vermelhos que se dedicam à ciência somente no colo do Partido do Trabalho da Coreia e fiéis que presenteiam somente maravilhas a ele e à pátria, nossa organização política orientou sempre a revolução com plena confiança e se investiu de elevada autoridade e honra pelos triunfos que obtém a cada passo.
Deve ser o sentimento unânime de todos os cidadãos render o mais sincero e profundo tributo às heróicas contribuições dos talentosos cientistas e técnicos quando percebermos com infinito orgulho a grande altura que alcançou o poderio defensivo da República e o cada vez maior aperfeiçoamento das armas jucheanas que equipam nosso exército.
A indústria de armamentos foi configurada pela geração anterior de cientistas que no início da fundação da mesma reafirmaram seu credo patriótico com o slogan “a pátria vale mais que a vida”. Sob a meta da unidade traçada pelos combatentes do setor como vocês, continuadores dessa nobre tradição, e de acordo com o projeto do Partido, nosso Estado ocupa hoje a posição da potência militar dotada da força estratégica.
Para mim, todos os cientistas da defesa nacional, que souberam materializar infalivelmente a política do Partido com a disposição revolucionária de realizar o milagre em face ao impossível e com seu profissionalismo incomparável e se dedicaram plenamente à tarefa de multiplicar o poderio militar do Estado, são heróis e patriotas mais destacados.
Aproveito esta ocasião para prestar o meu profundo tributo a vocês que consolidaram a base da combatividade do nosso exército que garante com as armas a invencibilidade da nossa República.
Resplandecerão eternamente nos anais da Pátria as proezas dos mártires que não vacilaram em entregar sua elevada inteligência, constância, sangue vermelho e vida preciosa pela causa do glorioso Partido, por nosso grande Estado e povo e pelo fortalecimento da capacidade de defesa nacional, assim como dos cientistas, técnicos e funcionários do setor que foram o farol da exploração e o degrau do grande salto consagrando a vida inteira à pesquisa perseverante e fatigante.
Companheiros:
Nossa revolução da indústria de defesa nacional, que vem alcançando avanços vertiginosos com mudanças e milagres, enfrenta ainda em seu avanço múltiplas tarefas prementes devido ao cada dia mais instável estado de segurança nacional.
A tentativa do imperialismo estadunidense e seus lacaios de pior laia de nos privar da soberania nacional se torna mais cruel e frenética com o passar do tempo.
Ultimamente, o império e seus acólitos bateram o recorde na demonstração de sua capacidade militar nas proximidades das fronteiras terrestre, marítima e aérea da República Popular Democrática da Coreia.
Os atos de espionagem aérea que se repetem diariamente, a introdução de grande quantidade de equipes estratégicas norte-americanas na região da Península Coreana e seus simulacros de guerra indiscriminados adquirem um furor sem paralelo tanto em sua envergadura e conteúdo como no perverso objetivo que perseguem. Com isso, o inimigo intensifica a tensão militar e destrói seriamente o equilíbrio de forças na região.
Eles, porém, tentam desviar a opinião pública com o argumento falacioso de que as nossas lógicas medidas de autodefesa frente às suas provocações tornam-se um grande desafio à paz e segurança mundiais.
Essa deturpação constitui por si só a causa raiz do agravamento da tensão militar e do perigo de choque na região e um grave desafio à paz e segurança da região.
Atualmente, nosso exército possui uma capacidade militar real que faz os EUA duvidarem de sua intervenção militar em caso de emergência na Península Coreana, assim como forças com uma capacidade esmagadora de eliminar nas primeiras operações militares as principais forças de ataque, a infraestrutura e o sistema de comando do exército fantoche da República da Coreia.
Por contar, como capacidade de defesa, com a de ataque destrutivo que bem pode amedrontar o inimigo, é da nossa incumbência cumprir com responsabilidade a missão de dissuadir a guerra, mas a mudança da situação militar na região não nos dá tempo de nos contentar com isso.
O nosso estado de segurança exige-nos reforçar por todos os meios o dissuasivo da guerra e estas tarefas da época serão cumpridas em conformidade com o elevado senso de responsabilidade no conhecimento da situação, a consciência política e os esforços obstinados dos companheiros aqui presentes.
Ontem, a Direção Nacional de Tecnologia Aeroespacial da República Popular Democrática da Coreia lançou outro satélite de reconhecimento, conforme prevê o plano de construção de forças defensivas do Estado.
Embora a tentativa tenha falhado ao operar o sistema de sua própria explosão devido às anormalidades de seu motor na primeira fase, há algo que precisamos definir antes de falar sobre seu sucesso ou fracasso.
Possuir esse satélite constitui para o Estado uma prioridade para reforçar o dissuasivo autodefensivo e defender das ameaças latentes a soberania e segurança frente às graves mudanças do estado de segurança devido às ações militares e outras provocações de todo gênero dos EUA.
Definimos como meta prioritária e aceleramos não a posse de um satélite de comunicação, de observação meteorológica ou de exploração de recursos naturais que no momento podem ser utilitários e indispensáveis, mas a de um satélite de reconhecimento, o que se deve a que constitui a tarefa mais urgente que guarda uma relação direta com a segurança de nosso Estado.
Como costumávamos fazer, desta vez também demos alarme prévio em acato às normas internacionais pela transparência do lançamento e a segurança de quantas embarcações e aviões navegavam na zona correspondente e conseguimos que não prejudicasse a segurança dos países vizinhos.
Apesar disso, os fantoches da República da Coreia apresentaram artifícios chamando-o de uma provocação e de uma exibição de nossa grande capacidade e férrea vontade, efetuaram exercícios de voo e golpe de seus esquadrões de ataque e nos desafiaram de forma manifesta com sua histérica demonstração da força.
Sua ousada ameaça com armas de guerra ao âmbito de nossa soberania, em que uma simples palavra ou ato impensado pode acarretar graves consequências, constitui uma provocação muito perigosa e insuperável e ao mesmo tempo uma óbvia e irritante violação da soberania nacional e um imperdoável jogo com o fogo.
Devemos exercer com toda certeza nosso direito de autodefesa respondendo com ações absolutas, esmagadoras e resolutas aos desatinos dos gangsteres militares da República da Coreia que escolheram uma demonstração insana de força como reação insensata ao exercício de nossa legítima e justa soberania.
Em mais de uma ocasião declaramos com ênfase que pôr em prática a retaliação militar destinada a preservar a soberania nacional e a integridade territorial é a primeiríssima missão das Forças armadas da República, aprovada pela Constituição e outras leis correspondentes.
Uma vez mais afirmo que todos os meios militares e movimentos que apontam nossa República e até a própria concepção agressiva e provocativa que têm de nosso Estado constituem alvos que temos de eliminar completamente.
A vontade de lutar é o primeiro passo da guerra.
Devemos perpetuar como predominantes nossa vontade e capacidade de guerra para que o inimigo não se atreva a usar suas forças armadas.
Para isso é necessário consolidar incessantemente as forças armadas da República como superpotentes e absolutas.
Devemos desenvolver em alto grau a ciência e a técnica da defesa nacional e continuar fabricando armas e equipamentos técnicos de combate sofisticados para manter o predomínio de nossa potência militar, assim como defender infalivelmente a soberania e o bem-estar do Estado com esse efeito superior.
A guerra moderna é o confronto tanto de ideias e vontades como o de ciência e tecnologia. O poderio da indústria de autodefesa equivale ao das ciências de defesa nacional.
O sucesso da segunda revolução da indústria de defesa nacional que o Partido lidera com segurança depende em grande parte do papel de seu pessoal técnico-científico.
Ao setor de pesquisa da ciência da defesa nacional cabe mostrar o temperamento revolucionário e a criatividade do contingente de talentos ilimitadamente fiéis à direção do Partido e continuar a história e a tradição de ter feito o poder defensivo do país como o primeiro do mundo.
A Academia de Ciências da Defesa Nacional concentrará todas as suas forças em antecipar a conquista das metas principais de pesquisa e em levar a níveis mais elevados todos os armamentos indispensáveis para aperfeiçoar os preparativos de guerra das forças armadas da República.
Com a firme posição independente, investigarão e desenvolverão muitos mais armamentos de nível mundial em seus aspectos avançados e capacidade de combate, e de acordo com as condições topográficas de nosso país, a constituição física de nossos militares, a exigência dos métodos originais de combate e a modalidade da guerra moderna.
Conscientes sempre de que o acaso e a especulação no desenvolvimento de armamentos são precisamente atos opostos ao Partido e que o dogmatismo, a imitação e a propensão à importação não diferem dos atos contrarrevolucionários, devem ser cabais e perfeitos em plasmar o projeto e propósito do Partido em todas as tarefas que cumprem.
Os funcionários da Academia de Ciências da Defesa Nacional intensificarão ininterruptamente o trabalho técnico e científico e o administrativo, segundo as exigências da política do Partido, colocando acima de tudo a elevação do nível dos pesquisadores, promoverão os intercâmbios técnico-científicos e a informatização, assim como seguirão concentrando grande força a modernizar a base material e técnica dos centros de pesquisa e garantir aos cientistas e técnicos melhores condições de trabalho e vida.
Considerando estabelecer firmemente como meio de subsistência o sistema de direção única do Comitê Central do Partido, as organizações partidárias na academia realizarão com metodologia e como ofensiva o trabalho organizativo e político encaminhado a pôr em pleno desdobramento o entusiasmo patriótico e o coletivismo entre os cientistas e técnicos e, assim, ativarão a batalha intelectual e a de pesquisa a fim de materializar a resolução do Partido.
A estratégia quinquenal de desenvolvimento da defesa nacional apresentada pelo nosso Partido é uma iniciativa que busca o desempenho máximo e o desenvolvimento vertiginoso.
Vocês redobrarão os esforços para alcançar infalivelmente as metas apresentadas na referida estratégia.
Companheiros, embora não tenhamos alcançado os resultados desejados no último lançamento do satélite de reconhecimento, devemos redobrar a coragem, em vez de nos afligir e nos coibir diante do fracasso
Com o fracasso aprendemos e crescemos.
Para nossos cientistas e técnicos do setor da defesa nacional que se consagram plenamente pela dignidade do Estado e pela existência do povo, o fracasso constitui, em todo caso, a premissa do sucesso e jamais o motivo da frustração e da renúncia.
Insisto mais uma vez em que ter a capacidade de reconhecimento espacial, necessário para nossas operações, é uma luta irrenunciável e insubstituível destinada a defender nossos direitos soberanos, e uma tarefa priorizada e indispensável para a soberania nacional e a autodefesa.
Estou certo de que por contar com um coletivo de fidedignos cientistas e técnicos do setor da defesa nacional que, imbuídos do fervoroso patriotismo e do espírito de luta heroica, realizam sempre com lealdade o propósito estratégico do Comitê Central do Partido, nossa meta de luta será alcançada sem falta.
Nosso avanço nunca vai parar.
Companheiros:
A nova era nos convoca a dar um novo salto na sagrada tarefa do fortalecimento da capacidade de defesa nacional.
Cabe-lhes assegurar com firmeza o futuro da causa revolucionária do Juche recorrendo à tecnologia de ponta como premissa do desenvolvimento esmagador das forças militares.
Estou firmemente convencido de que todos os cientistas e funcionários da academia, firmemente unidos compartilhando o propósito e a vontade do Comitê Central do Partido, continuarão evidenciando o prestígio e o aspecto imponente da potência e serão sempre leais à sagrada responsabilidade e dever que assumem perante a revolução e o povo com suas incríveis conquistas na pesquisa e no desenvolvimento de armamentos com tecnologia de ponta.
Companheiros:
O Comitê Central do Partido confia em você e vice-versa. Com esta força irresistível da confiança e da unidade monolítica, avancemos para uma meta mais alta para o fortalecimento da capacidade de defesa nacional, máxima expressão do patriotismo.
Permitam-me voltar a felicitar-vos pelo aniversário da academia.