Coreia do NorteHeróis da CoreiaPolítica

Desejo do povo

No dia 8 de outubro de 1997, o Dirigente Kim Jong Il (1942-2011) foi eleito Secretário-Geral do Partido do Trabalho da Coreia.

Em relação a esse evento, há uma anedota memorável.

Após o falecimento do Presidente Kim Il Sung (1912-1994), o povo coreano desejava investir o mais rápido possível Kim Jong Il da chefia do Partido e do Estado. Tal aspiração era unânime, porque todos os coreanos concordavam com a grandeza dos méritos acumulados por ele durante dezenas de anos em prol do país e do povo e se sentiam atraídos por ele.

Mas ele fez adiar sua eleição, mesmo considerando o desejo do povo como grande demonstração de confiança. Durante um longo período, que não foram cem dias nem um ano, mas mais de três anos, consagrou-se plenamente para a continuidade da causa de Kim Il Sung, partindo de uma nobre obrigação moral.

A defesa do socialismo levada a cabo na arena internacional no final do século passado foi caracterizada por uma arduidade sem precedentes.

Os Estados Unidos, que se autodenominavam “única superpotência” após o fim da guerra fria, e seus seguidores anunciavam o “fim definitivo do socialismo” e se voltavam para a tarefa de sufocar a Coreia socialista.

A ofensiva dos opositores foi uma pressão e um desafio sem paralelo para esse país asiático de pequena extensão territorial e população não tão numerosa. Para piorar, açoitaram-lhe uma após a outra terríveis calamidades naturais. Indizíveis eram as dificuldades de seus habitantes e as fábricas tiveram que interromper a produção. Foi uma prova inédita para a Coreia.

Muitos estrangeiros manifestaram preocupações sobre seu futuro, mas não tardariam em vê-la com novos olhos.

Como defensor do socialismo, Kim Jong Il apresentou e aplicou de maneira integral a chamada política Songun, consistente em conceder importância e prioridade aos assuntos militares no cumprimento da causa socialista e impulsionar o conjunto do processo revolucionário e construtivo tendo o exército como força principal.

Em circunstâncias como as da Coreia, objeto de grande ameaça militar do imperialismo, sem um poderoso exército não pode haver o povo, o Estado socialista nem o Partido. Nesse sentido, é muito certeira a afirmação de Kim Jong Il de que o exército é precisamente o povo, o Estado e o Partido.

Com essa fé e vontade, defendeu resolutamente o socialismo de todos os desafios e chantagens do imperialismo, fazendo em pedacinhos a tentativa norte-americana de asfixiar militarmente a Coreia.

Naqueles dias, se perfilaram com mais nitidez as qualidades de Kim Jong Il como dirigente do povo e político experiente e se tornou incondicional a confiança do povo.

A Voz da América asseverou que a manutenção invariável do socialismo na Coreia, apesar do desmoronamento do campo socialista que, nos últimos anos, esteve oposto ao Ocidente, era possível graças ao êxito retumbante da formação do sucessor pelo Presidente Kim Il Sung, um dos poucos veteranos de linha dura do movimento comunista internacional e à continuação de sua causa por um político e militar experiente — e seguiu:

Por tudo isso ainda parece prematuro declarar com júbilo o desaparecimento total do socialismo. Para aqueles que acreditam absurdamente, sugerimos observar atentamente a Coreia do Norte. Nela perceberão a realidade palpitante de um socialismo guiado por Kim Jong Il, excelente continuador da liderança comunista, e inadvertidamente sentirão a inquietação e o temor de que possa ser um sério desafio a todo o Ocidente liberal. O socialismo ainda não havia perecido”.

O desejo de colocar Kim Jong Il no posto máximo do Estado e do Partido do Trabalho da Coreia se tornou uma demanda inadiável de todo o Partido e do povo. Assim, as atividades correspondentes foram realizadas em todo o Partido.

Em 21 de setembro de 1997 realizou-se uma conferência do comitê do Partido na província de Phyong-an do Sul, no dia seguinte a do comitê do Partido no Exército Popular da Coreia, e seguidamente outras similares na cidade de Pyongyang, nas províncias, nas cidades diretamente subordinadas ao Centro, nos ministérios, nos organismos centrais e nas entidades que cumprem a função do comitê provincial do Partido. Nelas foi aprovada com consentimento unânime a resolução de eleger Kim Jong Il como Secretário-Geral do Partido.

No dia 8 de outubro seguinte, o Comitê Central e a Comissão Militar Central do Partido emitiram um comunicado especial declarando sua eleição para tal cargo.

Diversos meios de imprensa estrangeiros o qualificaram como acontecimento transcendental na história da política do século ⅩⅩ.

Mais de 1.300 chefes de Estado, Governo e partidos no poder e personalidades estrangeiras lhe enviaram mensagens de congratulação e em mais de 80 países tiveram lugar ostentosas atividades em homenagem ao acontecimento. A notícia sobre a eleição foi divulgada mais de 1000 vezes por cerca de 600 publicações de uma centena de países.

Dessa maneira, Kim Jong Il trabalhou incansavelmente até os seus últimos segundos de vida em prol do povo coreano, da defesa do socialismo, da luta anti-imperialista, da paz regional e mundial.

Deixe um comentário