Comentarista coreano sobre a crise Israel-Palestina causada pelos EUA
Pyongyang, 13 de outubro (ACNC) — O comentarista de assuntos internacionais da RPDC, Ri Kwang Song, publicou, no dia 13, um artigo intitulado “Atual situação do Oriente Médio prenuncia maior derrota estratégica dos EUA”.
O texto completo segue:
Enquanto o incidente da Ucrânia se prolonga devido à interferência dos EUA e do Ocidente, ameaçando gravemente a paz e a estabilidade do mundo, tem lugar um confronto militar de grande envergadura na região do Oriente Médio, provocando grande preocupação da sociedade internacional.
A sociedade internacional tira a conclusão de que o presente caso se deve inteiramente aos EUA, que têm praticado a política mais reacionária sobre esta região, apoiando abertamente seu aliado que ocupou ilegalmente o território palestino e vem violando cruelmente os interesses dos palestinos.
Os EUA têm acelerado a normalização das relações entre Israel e os países árabes, defendendo a “paz do Oriente Médio”, mas, na verdade, trata de cercar e deter o Irã e outros países independentes anti-EUA e não tem nada a ver com a paz genuína da região.
Desta forma, a mediação dos EUA não aliviou a tensão da região, mas levou ao extremo o antagonismo e a contradição entre as forças, tornando mais confusa a perspectiva de solução do problema da Palestina, assunto importante do Oriente Médio e fundamental da causa árabe.
Desta vez também, o país norte-americano optou pela promessa sobre a assistência militar perfeita ao seu aliado, em vez dos esforços pela solução política do caso do Oriente Médio, levando ao limite da guerra a tensão militar da região.
A sociedade internacional levanta as vozes de censura à atitude de padrão duplo dos EUA, que falam na Europa do ‘direito à autodeterminação e à integridade territorial” da Ucrânia, por um lado, e por outro, dão as costas aos sofrimentos da nação palestina impostos por Israel durante várias décadas.
A realidade comprova que os EUA não são o “mediador” da paz do Oriente Médio nem o parceiro dos árabes, mas o destruidor e o rival.
O que não se pode ignorar é que os EUA voltam a desenvolver a campanha tendenciosa para vincular a RPDC com o presente incidente do Oriente Médio.
Os venais meios de imprensa e os pseudo-especialistas da administração norte-americana divulgam rumores inventados e falsos de que parece que “armas de fabricação norte-coreana” foram utilizadas no ataque a Israel e que a RPDC realizará a ““”estratégia de diplomacia ameaçadora””” que agrava a tensão da região aproveitando-se da oportunidade em que os EUA concentram a atenção no Oriente Médio e na Ucrânia.
É clara a intenção dos EUA.
Este império do mal tenta evitar as críticas internacionais imputando a um terceiro país a responsabilidade do incidente do Oriente Médio, causado pela sua vil política hegemônica.
Observamos atentamente a atitude ilegal e cruel dos EUA, que culpam os países soberanos pelas guerras e conflitos armados provocados por ele mesmo em todo o mundo.
Os EUA devem agir com prudência.
A política de hegemonia e de padrão duplo dos EUA sobre o Oriente Médio causa a diminuição da sua influência em vez da ampliação, sendo o mal que arruína a política externa norte-americana em conjunto.
O mundo qualifica que o caso do Oriente Médio mostra o fracasso da guerra de inteligência, do julgamento da situação e da estratégia externa dos EUA.
O incidente do Oriente Médio, que se torna outro fardo estratégico dos EUA, além do caso da Ucrânia, serve de um motivo decisivo que revela o limite da estratégia hegemônica ao estilo norte-americano de estabelecer a “ordem mundial baseada na regra” mediante o fortalecimento de relações com os países aliados e parceiros, e o futuro cada vez mais sombrio da “única superpotência”.
A atual situação do Oriente Médio não é nada senão o prelúdio de nova derrota estratégica que os EUA serão obrigados a sofrer.
Quanto mais os EUA tentam exterminar a justiça internacional e perturbar a paz e a estabilidade do mundo, tanto mais se multiplicará a vontade de reação internacional de castigá-lo resolutamente e fazendo-os pagar o preço mais caro.