Memorando denuncia perseguição à educação dos coreanos no Japão
Pyongyang, 24 de abril (ACNC) — Por ocasião do 75º aniversário da luta de educação de 24 de abril dos coreanos residentes no exterior para defender o direito à educação nacional, o Comitê Coreano de Ajuda aos Compatriotas no Exterior tornou público no dia 24 um memorando que revela a todo o mundo o crime dos reacionários japoneses para suprimi-la.
O documento assinala como segue:
Desde sua derrota na segunda guerra mundial até hoje, as autoridades japonesas tentaram obstinadamente acabar com e educação nacional dos coreanos residentes no Japão, tomando-o como política estatal.
Esses compatriotas viveram no território japonês submetidos ao desprezo e discriminação nacionais, devido ao “obscurantismo colonial”, à “conversão em cidadãos japoneses” e a outras políticas.
Após a libertação da Coreia em 1945, os centros de instrução na língua materna foram erguidos em todo o Japão com escassos fundos recolhidos para ensinar aos seus filhos a língua e letra nacionais e infundir neles a nacionalidade.
Posteriormente, esses centros foram desenvolvidos como escolas cujo número chegou no início de 1948 a mais de 500 e o de alunos e professores totalizava mais de 60.000 e mais de 300.000, respectivamente.
O crescimento das escolas coreanas no Japão era uma dor de cabeça para os reacionários norte-americanos e japoneses que estavam envolvidos nos preparativos para a guerra na Coreia.
Em 6 de janeiro de 1948, o secretário de Forças Terrestres dos EUA, Royall, disse que tornaria o Japão uma barreira para bloquear o comunismo e, para esse fim, todas as forças anti-americanas deveriam ser eliminadas.
Daí instruiu colocar a ponta de lança na repressão total contra o movimento dos coreanos residentes no Japão.
Ao receber esse mandato deleitoso, as autoridades reacionárias do Japão emitiram, em nome do chefe do departamento de ensino escolar do Ministério da Educação, a ordem “Sobre o tratamento das escolas fundadas pelos coreanos” aos governadores da metrópole, províncias, prefeituras e departamentos.
A “ordem de 24 de Janeiro”, que não reconhece nunca o estabelecimento independente das escolas por parte dos coreanos e contém a exigência criminosa de que os filhos destes devem ingressar sem falta nas escolas japonesas, foi nova versão da infame “lei de educação à Coreia” que haviam imposto os imperialistas japoneses durante a dominação colonial sobre a Coreia.
Quando crescia a simpatia dos compatriotas no Japão com Pyongyang desde a fundação da República Popular Democrática da Coreia, os reacionários americanos e japoneses dissolveram à força em 8 de setembro de 1949 a Associação de Coreanos sob pretexto de que esta era uma “entidade terrorista” e sua fundação “uma violação da política de ocupação” e, em outubro do mesmo ano, tomaram a decisão de cancelar as escolas coreanas.
Para suprimir a educação nacional dos coreanos radicados no Japão, as autoridades japonesas cometeram sem hesitação alguma o assassinato, incêndio e agressão física em coletivo contra as escolas coreanas e seus filhos, por intermédio dos gangsters ultradireitistas tomados pelo chauvinismo nacional.
Tais casos são uma expressão aberta do extremado chauvinismo nacional e política discriminatória das autoridades reacionárias japonesas e um crime antiético que é cometido de maneira histórica e sistemática sob o controle delas.
Graças à luta tenaz da Chongryon e dos compatriotas para defender a posição legítima de educação nacional, as escolas coreanas no Japão foram reconhecidas até a primeira metade da década de 1970 como “aquelas de formas distintas”, sob a lei de ensino escolar do Japão. Porém, as autoridades do país insular excluíram intencionalmente as escolas coreanas cada vez que estabeleciam novos aparelhos institucionais de educação, fato que fez conhecer ao mundo a vileza delas.
Durante a crise sanitária mundial, tornou-se mais vil a discriminação contra as escolas coreanas e seus alunos.
As autoridades japonesas excluíram em maio de 2020 apenas a Universidade Coreana da Chongryon quando executavam a medida de pagamento urgente de subsídios escolares diante da proliferação da COVID-19.
Garantir aos estrangeiros o direito à educação, assim como aos nacionais, é o principal conteúdo da Convenção Internacional de Direitos Humanos.
Ao emendar a lei de ajuda à educação e educação de crianças em maio de 2019, as mesmas autoridades japonesas anunciaram com entusiasmo que os juros máximos e a ajuda financeira deveriam ser garantidos a todas as crianças.
Porém, violaram flagrantemente a lei internacional desta matéria e interpretaram segundo seu código manchado de chauvinismo nacional a convenção de direitos da infância.
Como se isso não bastasse, feriram mentalmente as crianças coreanas no Japão ao violar sua promessa de aplicar imparcialmente a todas as crianças a “lei de assistência aos pais”
Este é o verdadeiro aspecto do Japão, autoproclamado “Estado constitucional”.
Por isso, até o ex-vice-ministro do Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia do Japão disse que “O Estado está assumindo a liderança em divulgar uma observação que causa discriminação no Japão.”, observando que “a pessoa no poder tem sentimentos discriminatórios contra as escolas coreanas e a conclusão de que elas foram excluídas do sistema vem em primeiro lugar e o motivo de sua a exclusão é dada depois”, criticando fortemente o governo por abusar da lei justa para todos como uma arma de discriminação.
O direito à educação da comunidade coreana no Japão é o sagrado e inalienável que não pode, em caso algum, ser objeto de regateio político.
Os direitos e interesses nacionais democráticos da Chongryon e dos compatriotas no Japão estão sob a cobertura da lei da RPDC sobre a proteção dos direitos e interesses dos compatriotas no exterior.
No final, o memorando advertiu que, se as autoridades japonesas tentarem até o fim suprimir a educação nacional da Chongryon usando o desgastado bastão militarista, serão punidas pelo céu e evaporarão da história como um cubo de gelo sem futuro.