Crimes imperdoáveis do Japão
Os coreanos não esquecem nem por um momento os crimes do império japonês que lhes causaram desgraças e tristezas indescritíveis, não importa quanto tempo passe e as gerações mudem.
Em 10 de junho de 1926, estourou a manifestação anti-japonesa massiva, em meio ao crescente ressentimento contra o império japonês e a tendência à independência do povo coreano.
Os colonialistas japoneses, atordoados, mobilizaram todas as suas forças repressivas para oprimir de modo indiscriminado e fascista os manifestantes pacíficos, matando a espadadas, tiros e prenderam muitas pessoas inocentes.
Esta revolta foi a explosão de rancores sobre rancores do povo coreano para com o imperialismo japonês que praticou o domínio colonial cruel após ocupar militarmente a Coreia e a forte manifestação de sua vontade inflexível e vigor de luta para resgatar o país sem falta e defender a dignidade nacional.
Após este evento, o imperialismo japonês expandiu a rede de militares, gendarmes e policiais em todo o território coreano a fim de suprimir a tendência anti-japonesa do povo coreano e manter seu domínio colonial, bem como oprimir indiscriminadamente o movimento dos coreanos pela independência.
Com base em sua política dos três extermínios de matar todos, queimar tudo e saquear tudo, fizeram esforços frenéticos para matar coreanos inocentes.
Como resultado, assassinaram mais de um milhão de coreanos inocentes, sequestraram e prenderam mais de 8.400.000 coreanos para usá-los como bucha de canhão e submetê-los a trabalhos forçados, e fizeram 200 mil mulheres coreanas escravas sexuais para o exército japonês.
- A bestial caça humana
O imperialismo japonês, que ocupou militarmente a Coreia (1905-1945), cometeu o crime de prender à força coreanos recorrendo a métodos abertos e de grande envergadura que humilham até a Idade Média.
Em fevereiro de 1938, publicou a “lei de voluntários espeiciais coreanos para tropas terrestres” a fim de levar os jovens e crianças da Coreia como bucha de canhão para sua guerra e, então, ao promulgar a “lei de mobilização geral do Estado”, preparou as condições “jurídicas” e “institucionais” que lhe permitiram mobilizar todos os recursos humanos e materiais necessários à sua guerra de agressão.
Desde outubro do ano seguinte, colocou em prática a “lei do trabalho forçado da população” que definiu como dever dos coreanos o trabalho forçado e o alistamento obrigatório. Mas não havia ninguém que quisesse obedecer a essas obrigações.
Então, o imperialismo japonês recorreu ao recrutamento forçado, mobilizando o exército e a polícia.
Os soldados japoneses, gendarmes e policiais estacionados na Coreia, viajando de carro pelas cidades e campos, detiveram os coreanos por toda a extensão, sem distinguir aqueles que caminhavam ou trabalhavam na terra em plena luz do dia.
Entre as vítimas estavam, além dos adultos, os doentes, as mulheres, incluindo as grávidas que estavam no último mês da gestação, os idosos e as crianças que tinham capacidade para trabalhar, ainda que pouco.
Ao todo, o número de coreanos recrutados à força para o serviço militar, trabalho forçado e serviço sexual para as tropas japonesas chegou a mais de 8.400.000.
Os coreanos recrutados à força tornaram-se escravos operários e militares do imperialismo japonês, que os tratou como animais dizendo que “o coreano não é ser humano”.
No cenário internacional, o número de documentos referentes à abolição do regime escravista, um ato contra a humanidade, chega a centenas incluindo a “Declaração sobre a abolição mundial do tráfico” de 1815 e também no Japão, de acordo com o artigo 45 de uma lei aprovada em abril de 1907, o regime escravista foi definido como crime.
Apesar de tudo, o imperialismo japonês sequestrou e escravizou milhões de coreanos e isso mostra claramente sua bestialidade e inimizade com o povo coreano.
O Japão nunca será capaz de se livrar da responsabilidade por seus crimes, não importa o quanto o tempo passe, e deve se desculpar e compensar por isso.
- Exploração mineral
O imperialismo japonês, que já antes procurava obter o domínio sobre a mineração coreana, proclamou a “lei de mineração” em 1906 e, assim, estabeleceu a base legal para monopolizar a exploração, a posse e a gestão das minas coreanas. Como resultado, em 1909 passou a ocupar 69% da administração de minas estatais e individuais, demarcações mineiras da Coreia.
Entrando na década de 1910, intensificou ainda mais a pilhagem de recursos subterrâneos. Entre os anos de 1911 e 1917, iniciou a “inspeção de veios minerais” para preparar os dados básicos para o saque de recursos subterrâneos na Coreia e, em dezembro de 1915, fez a “lei de exploração mineira da Coreia” e a colocou em prática desde abril do ano seguinte, ampliando, assim, o caminho para o monopólio da exploração de seus recursos naturais.
A referida lei estipulava que mantinha o princípio de conceder o direito de exploração mineira a quem o solicitasse primeiro, exceto para as zonas e minerais especialmente designados, o estrangeiro que não fosse japonês não poderia possuí-lo novamente e, quanto ao direito já obtido antes, continuava a ter validade mesmo que uma nova lei fosse posta em prática. Desta forma, o imperialismo japonês reconheceu e protegeu legalmente a posse do direito de exploração mineira que os japoneses já tinham apreendido.
Além disso, por meio da referida lei, assegurou as condições favoráveis para o investimento do capital de seu país e, durante a ocupação militar da Coreia, saqueou enormes quantidades de recursos subterrâneos da Coreia, como chumbo, zinco, níquel, magnesita, para não mencionar ouro e ferro, que atingem quase 400 e 17 milhões e 980 mil toneladas, respectivamente.
- A perseguição ao idioma coreano
No início dos anos 1930, o “governo-geral japonês na Coreia” emitiu um decreto que ordenava implementar à força o uso do japonês entre os habitantes. Na segunda metade dessa década, foi imposto aos coreanos, ao mesmo tempo em que promovia os preparativos para a guerra. Para isso, em 1938, estabeleceu um curso de língua japonesa nas escolas primárias regulares e em cursos de curta duração; Em maio de 1942, por meio da “Federação coreana encarregada de mobilizar todas as forças nacionais”, realizou uma intensa campanha por todo o país para introduzir o uso da língua japonesa. No intuito de obrigar a sua utilização pelos coreanos, recorreu à imprensa e aos meios de informação e a obras literárias e musicais. Além disso, proibiu os coreanos de usarem sua língua nacional nas escolas e o japonês lhes foi imposto, a fim de estender sua esfera de influência e acelerar sua disseminação. Em março de 1938, promulgou o “decreto educacional para a nova Coreia”, segundo o qual as escolas não dariam aulas na língua coreana, mas sim na língua japonesa. Deteve, encarcerou e assassinou linguistas que se dedicavam a pesquisas sobre a língua coreana e reprimiu repetidamente os jornais Tong-a Ilbo e Joson Ilbo, que eram publicados em coreano, até que em agosto de 1940, os suspendeu definitivamente valendo-se, para tanto, da “lei do jornal”, “da lei da segurança” e da “lei da imprensa”. Devido a todas essas maquinações do imperialismo japonês visando a supressão da língua coreana, sua cultura passou por uma fase que se caracterizou pela mutilação de suas raízes e um martírio sem precedentes.