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MRE da RPDC responde a tentativas de censura contra o novo ICBM

Pyongyang, 2 de novembro (ACNC) — O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia tornou pública no dia 1º uma declaração intitulada “Faremos mais esforços práticos para dissuadir as ameaças militares das forças hostis e manter o equilíbrio das forças na região”.

Seu texto integral é o seguinte:

O disparo de teste do ultramoderno ICBM tipo Hwasongpho-19, feito pela RPDC, constitui o exercício legítimo e justo do direito à autodefesa de um Estado soberano, sendo uma parte das respostas às loucuras provocativas das forças hostis que tentam destruir a paz e a estabilidade da região da Península Coreana, desafiando a soberania, a segurança e o interesse de nosso Estado.

Porém, insatisfeitos com a calúnia perversa a respeito e os exercícios aéreos conjuntos de caráter agressivo que se desenvolvem na Península Coreana e seu entorno, os EUA e seus acólitos expuseram a intenção de convocar a reunião do Conselho de Segurança da ONU a fim de infringir nosso direito à autodefesa.

O MRE da RPDC expressa séria preocupação com a conduta conflitiva dos inimigos direcionada a pôr em perigo o ambiente de segurança de nosso Estado com a conduta ilícita de padrão duplo e as mentiras cínicas e o rejeita categoricamente, qualificando-o como uma violação flagrante da Carta da ONU que tem como seu núcleo o respeito à soberania e a não-intervenção nos assuntos internos, e outras leis internacionais reconhecidas, e como um desafio grave à paz e segurança internacionais.

Neste mundo não há uma região como a Península Coreana onde perdura o estado candente de confrontação nuclear e reinam as manobras militares unilaterais contra um Estado soberano, além das retóricas ameaçadoras, brutais e irritantes como “fim do poder”.

Neste ano, os EUA e a República da Coreia detalharam o roteiro de guerra nuclear, organizando em mais de 20 ocasiões os diferentes simulacros de guerra com vistas ao uso das armas nucleares contra nosso Estado, como a reunião do III “grupo consultivo nuclear” e a do V “órgão de consulta estratégica do dissuasivo ampliado”.

Em virtude de tal documento perigoso, foram desdobrados em mais de 10 ocasiões na Península Coreana e seu entorno as propriedades estratégicas de diversas classes dos EUA, inclusive a flotilha de ataque do porta-aviões nuclear Theodore Roosevelt, o submarino nuclear Bermont e o bombardeiro estratégico nuclear B-52H e não cessaram de desenvolver durante todo o ano os treinamentos militares anti-RPDC como Freedom Shield, Ulji Freedom Shield, Freedom Edge, Iron Mace, simulacro do grupo consultivo nuclear e Freedom Flag.

Estas imprudências militares das forças hostis, que não eram as ameaças rotineiras, constituem um grave desafio ao direito à segurança de nosso Estado e, ao mesmo tempo, uma causa que poderia vulnerar o equilíbrio das forças no Nordeste da Ásia e a região do Ásia-Pacífico, para não falar da Península Coreana.

Responder com a força esmagadora e absoluta à crescente ameaça militar dos EUA e seus satélites para impedir com toda segurança o perigo de explosão de guerra nuclear e controlar a situação político-militar da região é a opção estratégica e vontade invariáveis da RPDC.

A RPDC fará mais esforços práticos para defender com firmeza seus direitos soberanos, segurança, desenvolvimento e interesse e para manter estabilidade perene da Península Coreana e da região, seja qual for a situação, e responderá resolutamente a quaisquer ameaças e desafios do presente e do futuro.

Se as forças hostis continuarem se comportando como agora, desprezando nossa advertência severa, enfrentarão uma forte resposta.