Coreia do NorteDiplomacia

Choe Son Hui responde a tentativa do G7 de se meter em assuntos internos coreanos

Pyongyang, 21 de abril (ACNC) — A Ministra das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia, Choe Son Hui, divulgou no dia 21 a declaração que segue:

Os ministros das relações Exteriores do G7 publicaram uma “declaração conjunta” cujos conteúdos são intervencionistas e injustos, ao questionar o legítimo exercício da soberania pela RPDC.

Com relação a tal fato, exponho a seguinte posição:

O G7 não tem o direito nem qualidade para falar do exercício de soberania e da posição estatal da RPDC.

As medidas tomadas até o momento pela RPDC para fortalecer a capacidade de autodefesa são justas para deter a ameaça, defender a soberania e integridade territorial do Estado e controlar de modo estável a situação regional da Península Coreana frente ao ambiente de segurança instável, criado pelas ações militares imprudentes e provocativas dos EUA e seus acólitos.

Para eliminar totalmente a ameaça proveniente dos EUA e as forças aliadas hostis e o ambiente desfavorável para a existência independente e desenvolvimento de nosso Estado, tomaremos umas após a outra as medidas de ação convenientes aos direitos legais de um Estado soberano.

Não alcançamos a posição de país possuidor de armas nucleares como presente de alguém ou pelo reconhecimento de outros, mas com adquirimos com a existência da capacidade real do dissuasivo nuclear e foi estabelecida como lei estatal segundo o decreto da política das forças armadas nucleares de Estado, adotado pela vontade unânime de todo o povo coreano.

Os membros do G7 insistem na “renúncia nuclear completa e irreversível”, falando que a RPDC não pode ganhar a posição de país possuidor de armas nucleares sob o Tratado de Não-Proliferação (TNP), o que é uma intervenção nos assuntos internos mais absurda e ilegal destinada a nos impor violar a lei estatal da RPDC.

Evidentemente dito, a RPDC foi forçada a desenvolver armas nucleares não para ganhar o reconhecimento de alguém, mas para defender-se da ameaça dos EUA – eis a razão da posse de armas nucleares pelo nosso país.

Permanecerá para sempre tal posição da RPDC como uma existência inegável, independentemente do reconhecimento dos EUA e do Ocidente.

Se eles pensam que só Washington tem o direito e capacidade de ataque nuclear, é uma consideração anacrônica.

Basta-nos as forças capazes de responder à ameaça nuclear dos EUA e nunca perseguiremos o consentimento ou aprovação de alguém.

Os EUA e o Ocidente não têm o direito de acusar a nossa posição, que nunca mudará.

O que deve mudar agora não somos nós, mas os EUA, e este país deve ponderar que a sua segurança pode ser garantida com o abandono total da sua política hostil à RPDC.

É definitiva e irreversível a posição da RPDC como potência nuclear do mundo.

O G7, coletivo de interesse restrito de uma ínfima minoria de Estados, não representa a justa sociedade internacional e não passa de um instrumento político que obedece aos EUA que tenta manter a posição hegemônica.

Não temos nenhum interesse nos assuntos do G7. Mas, se por acaso eles mostrarem alguma ação destinada a infringir a soberania e os interesses fundamentais da RPDC, nos oporemos fortemente.

Aproveito esta ocasião para fazer lembrar nova e educadamente aos ministros do G7 o fato que a RPDC é livre da obrigação de qualquer tratado, com sua retirada legal do Tratado de Não-Proliferação (TNP) há 20 anos segundo as formalidades estipuladas no 10º artigo deste código internacional.

Deixe um comentário